terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


A barbie faz 50 anos,e desde a primeira tipo pin up até as ultimas princesas e fadas voadoras, algo ainda insiste no imaginário feminino( e no masculino também).
Talves sejam os seios avantajados,a cintura impossivelmente existente ou os pés minúsculos.A situação é a seguinte,a sensação que ainda existe no inconsciente coletivo da maioria(que jung me perdoe) é o perfil barbie(blond e magerrima e plastificada).
Principalmente no Brasil,onde o preconceito se camufla na miscigenação,e se esconde atraz da igualdade racial,o mais bonito,o melhor e o que vende mais é a barbie(blond,magerrima e plastificada).
Não sou e jamais serei contra as loiras(naturais ou financiadas),porem questiono esse conceito vendido e enlatado que consumimos sem nos questionar!
Toda a mocinha de novela é clarinha(a malvada normalmente é morena e mal amada),o mocinho também,loiro,olhos claros e peito depilado(metrossexual comprovado) e isso vem desde as historias infantis e nos persegue durante toda a vida adulta.
Vocês não imaginam o trauma de uma criança cachopuda no ensino fundamental(porque criança não é bicho mal,é bicho terrível) e nunca tem nenhuma barbie parecendo com você.Quando elas finalmente aparecem na loja a criança vai lá e compra(toda orgulhosa) e leva pra escola(o pior erro),na escola nem a pobre boneca escapa,e antes você que achava ela o máximo,agora não quer nem olhar para a pobre coitada.
Pode parecer uma magua do passado colegial,só que cada vez mais aparecem casos de mulheres saudáveis e normais que simplesmente acabam com a própria vida(pagando) depois de uma cirurgia plástica desnecessária.
Volto a afirmar,não sou contra a saúde,nem as cirurgias plásticas(que em muitos casos são de extrema importância),só que o interessante é que elas realmente não precisavam de uma intervenção cicurgica(talves algum exercícios)mais nada que as matasse.
Não vou mudar o mundo,mas depois de 50 anos (onde nesse meio tempo aconteceu a revolução sexual,o advento da Internet e o escambal a quatro)alguma coisa tem que modificar(ou se não pelo menos refletir sobre)

E quando tudo acabar o maluco ainda vai ser eu!!!

E pra acabar(ou começar)fico com o Zeca Baleiro:
....
Mundo velho
E decadente mundo
Ainda não aprendeu
A admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem come
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Puro do engano
Da imperfeição...

Um comentário:

  1. Aniversário de 50 anos de um estereótipo de beleza que provavelmente fará muitos anos ainda. Infelizmente a massa simplesmente compra o produto que lhe é vendido, sem questionar, pensar ou sequer se importar com isso. Se fosse somente no Brasil ou nos Estados Unidos tava "bom", mas é algo a nível mundial, nem noção de beleza o povão tem sem ser o que a mídia mostra. E vemos isso desfilando em passarelas, como disse o Zeca Baleiro: "(...)sem graça como a modelo magrela na passarela". É de fato uma coisa muito preocupante, mas fazer o que se a massa fica cada vez mais ignorante?? Afinal, o governo deve oferecer "cota ignorancia" tbm...

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